As eleições brasileiras de 2018 tem sido o assunto mais comentado em todas as redes sociais nos últimos meses. Além da polarização recorrente, temos vivido uma reviravolta após a outra, já teve até facada. E na outra mão temos uma superprodução de memes, textões, campanhas e vídeos rolando por toda a web. Mas o que realmente pensam os jovens que vão votar pela primeira vez?
Junto com a emoção do primeiro voto existe uma responsabilidade patriota, cívica e moral que ou aterroriza ou orgulha os jovens da atualidade. Em meio a um cenário político-social abalado e um ataque massivo de informação na palma da mão, 24 horas por dia, como é o sentimento de poder decidir o futuro da nação?
O número de eleitores no Paraná entre 18 e 20 anos é de 436.768 Já os eleitores de 16 anos somam 17.499 e os de 17, 58.272. Entrevistamos alguns deles e perguntamos como é lidar com tudo isso.
‘’Passei a perceber o poder do voto no ensino médio com professores de história e sociologia, então desde lá tenho essa expectativa de como seria a dinâmica na época eleitoral.’’ comenta Daniela Pereira, universitária e estagiária.
A maioria dos entrevistados diz ter aguardado muito o momento de votar e se veem completamente decepcionados com o cenário político em questão, mas não abrem mão do voto e possuem esperança. ‘’ A situação é horrível na nossa política, porém não podemos desanimar. Meu sentimento é de esperança sinto que vamos conseguir passar por cima do caos.’’ diz Nathaly Gaedke Nazatto, de 18 anos.
Questionamos também o fato da pesquisa e informação. Na era da fake news e em tempo de campanha eleitoral, de que forma os jovens pesquisam e se iteram nas propostas governamentais? João Lipka, 18 anos e freelancer, comenta que analisa todas as propostas. ‘’Sim, antes de qualquer decisão é sempre bom e seguro, buscar quais são as opções e lados dos políticos. Sempre fiz um exame em todos os candidatos e analisei friamente as propostas das campanhas.’’ Afirma Lipka.
Nathaly, diz que utiliza de vários métodos de comunicação para se ater as propostas. ‘’Eu me atualizo todos os dias, independente se é pela internet, jornal ou revista. Acho que o eleitor deve estar por dentro de todas as notcias politicas, seja elas ruins ou não.’’ confirma.
E por último, fizemos um levantamento da opção de votar nulo. A maioria dos entrevistados se diz impassível de desperdiçar o voto. ‘’ Votar nulo, para mim é se calar, ficar sem voz, não desfrutar da democracia.’’ comenta David Ponchek, historiador.
‘’Não penso votar nulo, ainda mais por ser mulher e ter a consciência que, historicamente falando, começamos a votar ontem. Votar nulo é jogar fora essa conquista.”, diz Daniela.
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